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VIDA INTENSA EM BALÕES DE LÁTEX

No último dia dos pais eu comprei uns balões compridos, tipo canudo, daqueles que os palhaços fazem pequenas esculturas de animais nas festas, sabe? E eu descobri que sou um mestre das esculturas de balões! Tenho aptidão pra coisa. Logo de cara, quando enchi a primeira bexiga, sem olhar nenhum manual ou receita, fiz uma escultura PERFEITA! Enchi aquele primeiro balão, estendi pra minha filha e disse: “É uma cobra”! Ela achou o máximo, pegou aquele canudo comprido e ficou sacolejando pra um lado e para o outro tentando assustar a mamãe e a cachorra. Mas não ficou só por aí não! Depois de algumas olhadas nas internets eu consegui fazer um cachorrinho! Ele tinha as pernas da frente muito maiores que as de trás, uma cabeça grande o focinho pequeno. Era esquisito, mas minha filha adorou! Pegou o coitado e saiu latindo pela casa. O cachorrinho era bravo e tentava assustar a mamãe e a cachorra latindo tão forte quanto o possível para a voz de uma criança de três anos de idade. Depois eu fiz duas espadas, uma pra mim e outra pra ela. As espadas eram meio tortinhas e dobravam debilmente a cada golpe desferido. Mas minha filha adorou e dessa vez fomos eu e ela fazer... adivinha o quê? Fomos assustar a mamãe e a cachorra brandindo e desferindo estocadas com nossas novíssimas espadas tortas de látex! E a partir daí a minha aptidão como escultor de balões fluiu, fiz flores, cisnes e coroas capazes de transformar qualquer plebeu na mais poderosa realeza. Foi uma farra e acho que até adquiri uma alergia a látex de tanto que dobrei aqueles balões, porque fiquei o dia restante inteiro espirrando e com coriza. Mas valeu a pena. É bom aprender coisas novas na vida adulta e eu aprenderia qualquer coisa para arrancar sorrisos da minha filha. E tenho certeza que minha esposa e cachorra se sacrificaram felizes a cada vez que eram “assustadas” pelos balões! Foi bonito e intenso, porque a intensidade da vida celebrada nos filmes de hollywood existe em muitos lugares para além do jovem que abandona tudo e pega a estrada em busca de aventura. A intensidade da vida está além das representações dos romances firmados em beijos noturnos entre homem e mulher ao cair da chuva. Eu vivi aquele momento com intensidade e guardo hoje na memória (e em texto) como um frame que representa a felicidade no filme da minha vida real, muito melhor que hollywood. A intensidade da vida existe nas pequenas coisas, inclusive em balões de látex. 13/08/2020 (Crônica n°33) Diogo Braga Crônicas Crônicas em podcast , Spotify ( Braga Crônicas ), Instagram (@DiogoBragaCronicas ) e Youtube ( Braga Crônicas ). Medium ( @bragacronicas ). Site/Blog: diogobragacronicas.com . Email: bragacronicas@gmail.com . NewsLetter: https://tinyletter.com/DiogoBragaCronicas . -> E se você se identificou ou gosta das histórias que eu conto, comenta, salva, compartilha, se inscreve, ativa as notificações, mostra pro coleguinha, faz tudo e me ajuda a espalhar a palavra! E se você quer compartilhar uma história sua comigo, me manda um e-mail para bragacronicas@gmail.com ou me envia um áudio pelo direct do instagram que é @diogobragacronicas. No mais, meus votos de uma vida com gosto de açúcar nos lábios e até a próxima!

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