Estou com uma filhinha com um mês de vida. Não é fácil cuidar de um bebezinho tão pequeno.
E a mulher sofre mais, claro, é ela que tem a grande arma secreta para acalmar bebês: o peito. Então, sou eu que pego a pequena depois do mamá às 5 horas da madrugada, pra tentar estender o sono matinal da minha esposa.
Depois de uma hora, uma hora e meia, minha filha começa a lutar contra o sono, grita e esperneia como se eu tivesse cometendo um crime hediondo.
Se consigo ninar ela rapidamente, tudo bem, se eu demoro um pouquinho mais pra fazê-la dormir, minha esposa aparece na sala, vindo do quarto, sacando o peito pra fora do sutiã como um pistoleiro do velho oeste sacando o revólver do coldre, dizendo: “Quer mamar? Quer mamar?” Com um olho aberto e o outro fechado ainda tentando acordar do sono.
Ela parece um zumbi do The Walking Dead, cambaleando, não sabendo se é dia ou noite, se cochilou 10 minutos ou uma hora, mas seu instinto sabe que dar mamá resolve o problema, então ela vem.
Eu queria que todos os dias fossem perfeitos e eu conseguisse fazer a pequena dormir logo no primeiro sinal de sono, mas nem sempre é possível.
Algumas vezes eu consigo mandar minha esposa ir embora “vai dormir, eu estou quase conseguindo aqui”, outras vezes demora mais e outras o que a filhota quer mesmo é mamá e só a mãe pode resolver.
Mas, apesar de minha esposa cambaleando de sono apontando sua “arma” pra minha filha ser uma das cenas mais cômicas desta minha paternidade, é também uma das cenas mais lindas. É, pra mim, o retrato da maternagem real, penosa, instintiva e afetuosa.
30/09/2021 (Crônica n° 78)
Diogo Braga Crônicas
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No mais, meus votos de uma vida com gosto de açúcar nos lábios e até a próxima!
Diogo Braga.
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